Texto de: Luís Barbudo (Formador de Corpo e Mente)
Existe um grande inimigo entre nós e afeta mais pessoas que o COVID. Começa por entrar nas nossas vidas muito devagarinho sem causar grandes estragos. Depois vai-se instalando no corpo e de seguida causa danos, às vezes irreparáveis na nossa mente.
Que inimigo é este tão eficaz e às vezes mortal? Onde está ele? Lá fora? Nas ruas? Nas escolas? No trabalho? Parece que está um todo o lado. Estará mesmo?
Este inimigo que teima em vir connosco para todo o lado, como um parasita. Que bicho é este que não desgruda?
Fazemos “n” coisas para o despistarmos, enganá-lo, mas quanto mais fazemos por afastá-lo, mais ele se gruda.
Há quem ainda pense que basta ir de férias para matá-lo. Outros acham que mais dinheiro o tranquiliza, ou até a mudança de relação ou de trabalho. Mas apenas será para tapar o sol com uma peneira.
Já adivinhou que inimigo é este?! Sim, é o stress.
E o stress não desaparece assim. E até lhe digo mais, precisamos de stress. Sem ele não há crescimento. HÃ?! Isso mesmo.
Vejamos a definição**
O stress é uma resposta fisiológica e comportamental normal a algo que aconteceu ou está para acontecer que nos faz sentir ameaçados ou que, de alguma forma, perturba o nosso equilíbrio. Quando nos sentimos em perigo real ou imaginado, as defesas do organismo reagem rapidamente, num processo automático conhecido como reação de “luta ou fuga” ou de “congelamento”, é a resposta ao stress.
Repare que, para haver crescimento muscular, por exemplo, o corpo terá de ser submetido a um estímulo ou carga superior àquela que consegue suportar para que, após um descanso, as fibras se possam reajustar adaptando-se ao novo estímulo. Realizado de forma regular e controlada o músculo cresce. Ficamos mais fortes e resistentes. Isto é válido para o corpo, como para a mente, quando nos propomos a desenvolver conhecimento numa determinada área ou a aprender uma nova habilidade.
Em termos simplistas, terá de ser criado um desequilíbrio, ou stress, para que o corpo se adapte. É, portanto, necessário para que possamos ser melhores. Contudo o termo stress tem sido amplamente conotado como sendo algo mau e prejudicial á saúde e bem-estar.
O problema é que com a correria dos dias de hoje e a facilidade em podermos estar virtualmente em todo o lado e saber tudo a toda a hora, há muito passámos a fasquia do “bom stress” e aquela quantidade exata de stress que precisamos para nos fazer melhores, chega ao nosso sistema em quantidades industriais e o nosso corpo revela uma dificuldade extrema em lidar com este desequilíbrio.
O que posso fazer? Quando é que sei que é demais?
O leitor sabe quando tem de levar o automóvel à oficina? Ou quando tem de colocar combustível? Tenho a certeza que sim. Os veículos acedem luzes de aviso quando uma manutenção tem de ser feita ou quando algo não está bem.
O nosso corpo não acende luzes, mas “fala” e existem alguns sinais que temos de aprender a “ouvir” e a respeitar. Cabe-nos a nós decidir aprender a linguagem do corpo.
Estas poderão ser algumas “luzes” ou sintomas físicos do stress**:
- Sensação de cansaço;
- Dor de costas, dor muscular;
- Diarreia ou obstipação (prisão de ventre);
- Dor na barriga (estômago);
- Tensão arterial alta;
- Tonturas e náuseas;
- Dor de cabeça;
- Dor no peito;
- Frequência cardíaca mais acelerada (taquicardia);
- Perda do desejo sexual (falta de desejo);
- Alergias e constipações frequentes;
- Alterações no apetite (comer muito ou falta de apetite);
- Perturbações do sono (excesso de sono, dificuldade em dormir – sem sono);
- Tiques nervosos (roer as unhas, por exemplo);
- Queda de cabelo;
- Alteração dos níveis de colesterol e triglicerídeos;
- Alterações na menstruação;
- Mãos transpiradas;
- Herpes.
E sabendo que o corpo e mente não são independentes, poderemos também sentir as “luzes a acenderem” ao nível mental. Entre muitas destaco**:
- Cansaço mental;
- Perda de memória;
- Falta de concentração;
- Apatia e desânimo (pensamentos negativos);
- Ansiedade;
- Preocupação excessiva;
- Alterações no humor (mau humor constante, ou mais frequente);
- Irritabilidade excessiva (a pessoa sente-se frequentemente irritada);
- Agitação psicomotora, incapacidade de relaxar;
- Sentimentos de estar sobrecarregada ou sobrecarregado;
- Sentimento de solidão e isolamento (isolar-se dos outros);
- Depressão ou tristeza;
- Negligenciar responsabilidades, evitar situações;
- O uso de café, álcool, tabaco ou drogas para tentar relaxar.
Saber “ouvir” o corpo é fundamental. Nenhum de nós nasce com um manual de instruções e como tal conhecermo-nos e conhecermos os nossos limites e condicionantes é prioritário.
No artigo da próxima semana debruçar-me-ei sobre as causas, consequências e apresentar-lhe algumas soluções simples que poderão surpreendê-lo/a!
Até lá, permita-me que o/a convide a assistir a este webinar*.
Muitas vezes “stressamos” porque não temos os resultados que desejamos. Se assim o é, então inscreva-se e descubra o que pode fazer para tornar o Seu Futuro Previsível!

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**Consulta de: https://www.saudebemestar.pt/pt/blog-saude/stress/
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